terça-feira, 18 de agosto de 2009

O que é a FUNAI?

A Fundação Nacional do Índio - FUNAI é o órgão do governo brasileiro que estabelece e executa a Política Indigenista no Brasil, dando cumprimento ao que determina a Constituição de 1988.Na prática, significa que compete à FUNAI promover a educação básica aos índios, demarcar, assegurar e proteger as terras por eles tradicionalmente ocupadas, estimular o desenvolvimento de estudos e levantamentos sobre os grupos indígenas. A Fundação tem, ainda, a responsabilidade de defender as Comunidades Indígenas, de despertar o interesse da sociedade nacional pelos índios e suas causas, gerir o seu patrimônio e fiscalizar as suas terras, impedindo as ações predatórias de garimpeiros, posseiros, madeireiros e quaisquer outras que ocorram dentro de seus limites e que representem um risco à vida e à preservação desses povos.
A FUNAI é integrada por um Edifício - Sede, 45 Administrações Regionais, 14 Núcleos de Apoio Indígena e o Museu do Índio no Rio de Janeiro, 10 Postos de Vigilância e 344 Postos Indígenas, distribuídos em diferentes pontos do País. Localizada em Brasília, a sede compreende Presidência, Procuradoria Geral, Auditoria, três Diretorias, quatro Coordenações Gerais e treze Departamentos.

FUNAI PAULO AFONSO-BA

Administração Executiva Regional de Paulo Afonso-BA
CGC- 00.059.311/0040-32
End: Rua Floriano Peixoto, 855 - Centro
Cep: 48.608-010 - Paulo Afonso/BA
Fone: (75) 3281-3782 Fax: (75) 3282-1292
E-mail:funaiaerpaf@fallnet.com.br

Funcionários da ADR Paulo Afonso – BA

*Administrador : Carlos Roberto dos Santos

*Secretária do Gabinete :
Rosa Maria Rosário Ribeiro Silva

* Setor Administrativo :
Ivi Daniella Leal dos Santos
Arciro Medeiros da Cruz
William Eliseu Caribé de Carvalho

* Setor Pessoal :
Rizalva Santos Torres
João Vasconcelos Valadares

* Ansef :
Gilson Ramos da Silva

*Setor de Apoio:
Sônia Elizabeth Lima Santana
Manoel Torres da Hora

* Setor Jurídico:
Fátima Sibelle Monteiro

* Setor Produtivo:
Maria Beatriz Sotto Maior Cruz

* Setor de Assistência:
Luis Carlos Feitosa
Anacleto Antônio da Silva

* Setor de Educação:
Maria do Rosário Cruz de Araújo

* Setor de Atividades Auxiliares:
Manoel de Assiz Cruz
Cariolano Adelício Ramos

* Auxiliares de Serviços Gerais:
Francisco Assis de Aguiar
Marivaldo Francisco da Silva

*Motoristas:
Pedro Vieira Cruz

*Estagiárias:
Crislene Bezerra da Silva
Andreza Daina de Souza
Jarlayane Mayara Souza Nemézio

*Promat (Terceirização) - Assistentes Administrativos:
Daniel Ribeiro Silva
Rosicleide de Amorim Moura Ropiário
Kátia Raquel Lima
Cláudio Ademar da Silva
Cássia Maria Barbosa
Lívia Rejane da Silva Cavalcante

Terras Indígenas Pertencentes a ADR Paulo Afonso -BA

- Atikun Curaçá
- Atikun Rodelas
- Tuxá Banzaê
- Pankararé
- Pankaru
- Massacará
- Tuxá Ibotirama
- Rodelas
- Kantaruré
- Kiriri Muquém
- Kiriri
- Tumbalalá
- Kaimbé
- Truká
- Truká Paulo Afonso
- Xukuru Kariri
PANKARARÉ
•Terra Indígena: Pankararé e Brejo do Burgo
• Extensão: Pankararé – 29.597 ha
Brejo do Burgo – 17.700 ha
• População: 2.850
• Localização: Glória/BA

Pankararé é originária do povo pankararu, era um só grupo, porém na época da missão houve uma divisão e foram aldeados em lugares diferentes. Os índios vivem em seis aldeias: poço, brejinho, ponta d’água, cerquinha, serrota, Chico.
Eles praticam atividades artesanais sobretudo em fibras de caroá, as quais confeccionam roupas de rituais e objetos de uso doméstico. Vivem basicamente do plantio de feijão, mandioca e milho. Os índios completam suas necessidades alimentares com criação de galinha, porco, bode e a sua caça.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

TUMBALALÁ
• Terra Indígena: Tumbalalá
• População: 2.910 indígenas;
• Localização: Abaré e Curaçá/BA

Os tumbalalá , com sua população de 600 famílias , vivem em uma área que abrange parte dos municípios de Curaçá e Abaré, ao norte da Bahia, às margens do Rio São Francisco. São falantes do Português, mas existem nomes de elementos tradicionais do ritual toré, assim como nomes de animais e plantas usados no cotidiano que pertencem a língua dzubukuá, da extinta família kariri. O território Tumbalalá encontra-se em região de caatinga, cujo clima é semi-árido e com longos períodos de seca. Pela proximidade do rio São Francisco, os Tumbalalá tem na pesca uma importante fonte de alimentos. Também utilizam a mata ciliar nativa do rio para a coleta de alimentos tradicionais como umbus, favelas e quixabas. Fazem roças de verduras e legumes, e criam alguns bovinos e caprinos. A jurema, planta comum na região, é utilizada para produzir a bebida do mais importante ritual: o toré.
KAIMBÉ
• Terra Indígena: Massacará
• Extensão: 8.020 hectares
• População: 1.980 índios
• Localização:Euclides da Cunha/BA

Os kaimbés são são originários da missão da santíssima trindade de massacará, que reuniu bandos de diversas etnias que perambulavam pela região, principalmente a kariri. Vivem no município de Euclides da Cunha, na vila de Massacará. Como as outras missões da região, foi concedida à aldeia de massacará pelo alvará régio de 1700. “Numa légua em quadra de terra”, reconhecida oficialmente como território Kaimbé. Nas roças familiares são cultivados mandioca, feijão e milho. Há criações de ovinos e caprinos. A produção é voltada basicamente para a subsistência, destinando-se a mercado a quantidade mínima necessária a aquisição de produtos industrializados. O alto grau de degradação da vegetação tem dificultado de coleta e caça, que apesar de tudo, ainda ocorrem na área
TUXÁ
• Terra indígena: Tuxá
• População: 3.956
• Localização: Rodelas/BA, Ibotirama/BA, Muquém do São Francisco/BA e Banzaê/BA.
Os indígenas Tuxá são descendentes dos índios rodeleiros, hoje denominados como índios Tuxá Nação Procá Caboclos de Arco, Flecha e Maracá.
Os Tuxá sofreram com as influências aculturadoras de tantas gerações que por eles passaram. Contudo, não desistiram, permanecem resistindo a qualquer tipo de preconceito, preservando seus costumes, crenças e tradições. É nos rituais que os Tuxá expressam claramente as tradições indígenas.
Na década de 80 a construção da Usina Hidroelétrica de Itaparica, realizada pela Chesf, resultou a inundação da Ilha da Viúva local onde os índios produziam arroz, cebola, feijão, abóbora, e outras culturas. Como conseqüência da construção da hidroelétrica, 96(noventa e seis) famílias Tuxá passaram a viver na “Fazenda Morrinhos” município de Ibotirama/BA, a mais de 1.200km da terra de origem. Com o passar de mais de 20(vinte) anos de espera pela aquisição de terras agricultáveis, e em decorrência desse atraso, surgem conflitos e divisões entre o grupo que optou em viver em Ibotirama; assim, com a divisão, 17(dezessete) famílias passam a viver no município de Muquém do São Francisco/BA e 23(vinte e três) famílias no município e Banzaê/BA. Os índios Tuxá/Rodelas vivem na aldeia localizada no perímetro urbano da cidade de Rodelas/BA, e até o momento não possuem terra para que possam voltar a praticar as suas atividades agrícolas tradicionais.
KIRIRI

•Terra Indígena: Kiriri
•População: 3.210
•Extensão:12.300ha.
•Localização: Banzaê/BA

O povo Indígena Kiriri foi aldeado pelos jesuítas, em fins do século XVII, em Saco dos Morcegos, atual povoado de Mirandela, centro da terra indígena. São descendentes da grande família lingüística Kariri, que compreendia historicamente diversos grupos que perambulavam por uma vasta extensão do sertão nordestino, do norte da Bahia às costas do Ceará e Piauí.
Atualmente, a economia Kiriri resume- se a prática de uma agricultura basicamente voltada a subsistência, restrita ao plano de certos produtos como a mandioca, o feijão, o milho e cultivos complementares. A criação doméstica é pouco desenvolvida, enquanto que a de gado e ovinos é mantida por algumas famílias. O artesanato complementa a receita de algumas famílias.
XUCURU-KARIRI
•Terra Indígena: Xucuru-Kariri
•População: 90
•Extensão:39ha.
•Localização: Glória/BA
O grupo Xucuru-Kariri compõe-se de membros da família Sátero originária da Terra Indígena Xucuru-Kariri da cidade de Palmeira dos Índios/AL, que no ano de 1985, em conseqüência de divisões internas migram para Bahia e são estabelecidos no povoado da Quixaba município de Glória/BA.
Os índios enfrentam problemas ocasionados pela má qualidade de solo que é de natureza pedregosa, porém os Xucuru reiniciaram suas atividades produtivas, com a ajuda de diversos recursos. Atualmente os índios estão pleiteando a ampliação da área porque a terra em que vivem já não é mais suficiente para atender a todas as famílias em decorrência do processo natural surgimento de novos grupos familiares.
KANTARURÉ

•Terra Indígena: Kantaruré
•População: 630
•Extensão: 1.695 hectares
•Localização: Glória/BA

Kantaruré é a denominação de um núcleo constituído por 630 indígenas, ocupando uma área de 1.695 há. nos povoados denominados Batida e Baixa das Pedras, no município de Glória/BA. Segundo tradição oral, teriam emigrado da região do Brejo dos Padres, Tacaratu/PE.
A comunidade vive da agricultura de subsistência e algumas famílias trabalham com criação de caprinos.
TRUKÁ SOBRADINHO

• Terra Indígena: Truká
• População: 130 índios
• Localização:Sobradinho/BA

O grupo Truká/Sobradinho é originário da Ilha da Assunção localizada no município de Cabrobó/PE. Em decorrência de conflitos internos, que ocasionou a morte de dois índios da família da Cacique Rita Prosperina, e preocupados com a segurança familiar, o grupo no ano de 1982, decidiu afastar-se da aldeia de origem, e passou a viver trabalhando em propriedade particular em outras regiões, em troca de casa e comida. Percebendo a necessidade de estarem trabalhando, exercendo suas atividades agrícolas e religiosas, o grupo decidiu ocupar uma área agricultável na borda do lago da barragem de Sobradinho.
As famílias residem em casas de taipa, já foram contempladas com o Programa Luz para Todos, e cultivam milho, feijão, mandioca.
PANKARÚ

•Terra Indígena: Aldeia Vargem Alegre
•Extensão: 981,0815 hectares
•População: 174 indígenas
•Localização: Serra do Ramalho/BA

Os índios Pankarú vivem no oeste da Bahia, em uma área com uma vegetação denominada cerrado, com um clima tropical seco e a umidade relativa do ar muito baixa. Esta terra indígena entrou em estudo pela FUNAI na década dos anos 70, sendo homologada e reconhecida como terra indígena em 29 de outubro de 1991.
A comunidade indígena é composta por 42 famílias, que na sua maioria, por falta de oportunidade na região, e pelas dificuldades apresentadas no município migram para outras localidades, tendo a cidade de Goiânia/GO, moradores partes dessas famílias não moram na aldeia por não ter nenhum meio de sobrevivência buscando alternativas nos grandes centros urbanos na sua maioria vão para cidade de Goiana/GO. No período de estiagem muitos plantam por teima as culturas acabam morrendo, quando a chuva vem às plantações de milho, feijão, mandioca, abóbora, sorgo e etc, não se desenvolvem por falta de máquina para preparar o solo.
ATIKUN RODELAS

• Terra Indígena: Não possuem
• População: 271 índios
• Localização: Rodelas/BA

O grupo indígena Atikun é originário da Serra do Umã, município de Carnaubeira da Penha/PE. Na década de 80(oitenta), em razão das dificuldades de sobrevivência numa região seca, com escassez de água e sem oportunidades para exercer algum tipo de atividade rentável, algumas famílias passaram a residir na cidade de Rodelas/BA, onde trabalhavam como agricultores meeiros em propriedades particular. Observando que alguns familiares passam a ter uma ocupação remunerada e encontrando melhores condições de vida, outras famílias migram para Rodelas. Eles não possuem terras para exercerem atividades agrícolas e estão reivindicando uma propriedade na zona rural do município de Rodelas para que possam construir a aldeia Atikun e trabalhar.
ATIKUN CURAÇÁ

• Terra Indígena: Não possuem
• População: 100 índios
• Localização: Curaçá/BA

Comunidade originária da Serra do Umã, município de Carnaubeira da Penha/PE. Em razão de conflitos internos, um grupo familiar sai de sua terra e origem em busca de outras terras no estado de Pernambuco. Sabendo da necessidade de manter suas famílias, passam a fazer parte do movimento dos “Sem Terra” e recebem terra nos projetos; com o passar dos anos, por sentirem a necessidade e importância de estarem juntos, numa mesma terra, onde possam dar prosseguimento com suas tradições culturais e religiosa, partem em busca de uma nova área. Parte do grupo passa a residir na cidade de Curaçá/BA, sobrevivendo de serviços prestados, vendedor ambulante, etc. No ano de 2002 passam a ocupar uma propriedade no município de Curaçá, onde vivem 26 famílias, num total de 100(cem) índios. A terra ainda não foi legalmente adquirida pela FUNAI, porém as famílias permanecem trabalhando na área.
TRUKÁ PAULO AFONSO

• Terra Indígena: Não possuem
• População: 27 índios
• Localização: Paulo Afonso/BA

A família de cacique Maria Erineide Rodrigues da Silva, originária da Aldeia Truká/Cabrobó-PE, vivia na Ilha da Assunção, porém decidiu sair do local no ano de 1990 porque não havia terra suficiente para trabalhar e sustentar sua família, que na ocasião já contava com o esposo e 03 filhos. Decidiram morar na cidade de Delmiro Gouveia/AL, cidade localizada a 37km de Paulo Afonso/BA pelo motivo de seu esposo ser natural do Estado de Alagoas. Quando estavam em Paulo Afonso, conheceram um índio Pankararu , o qual já vivia no local onde hoje estão residindo, porém na ocasião da chegada dessa família, havia muita gente morando , índios e não índios; e os não índios, ficavam desprezando os rituais e cultura indígena; havia também um alto índice de alcoolismo, e por essas razões acabaram desestruturando todo grupo, o que acabou ocorrendo na desistência da maioria sair do local.
A área de 3.000 m2, onde o grupo está vivendo foi doada no ano de 2004, em caráter provisório, pela Prefeitura Municipal de Paulo Afonso. A terra não é agricultável, e as famílias sobrevivem da prestação de serviços, doações e assistência da FUNAI. As famílias indígenas pleiteam uma área de 114 há, localizada no povoado denominado Caiçara, município de Paulo Afonso.